
Metaverso e loyalty: o que o case Renner tem para ensinar ao mercado de fidelização?
Muito tem se falado sobre a mudança do comportamento do consumidor no cenário pós-pandemia. Compras mais conscientes, com maior preocupação com sustentabilidade e a procedência dos produtos, feitas exclusivamente pela internet estão entre as características que vem sendo destacadas.
Somado a isso, as novas tecnologias que cercam a experiência de consumo também vem sendo aprimoradas todos os dias. E isso tudo, obviamente, tem muito a ver com o mercado de fidelização.
Um dos cases que será discutido no próximo Fórum de Fidelização da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), que acontece no dia 13 de setembro em São Paulo (clique aqui para saber mais sobre o evento) é o das lojas Renner, que já inaugurou sua loja no metaverso, dentro do Fortnite, e escolheu as estampas que farão parte das peças comercializadas tanto no mundo físico quanto no virtual por meio de uma enquete interativa por lá.
Apesar de ser já ser uma realidade emergente, o metaverso ainda é um enigma para grande parte do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas um terço da população entende o termo. E isso em grande parte como efeito da mudança de nome do Facebook para Meta.
Apesar disso, as marcas sabem da importância de acompanharem as tendências tecnológicas e de relacionamento. Tanto que, no caso da Renner, não apenas o teste no metatarso vem acontecendo. A empresa também lançou a primeira coleção desenvolvida a partir de modelagem 3D, que substitui uma parte do processo feito manualmente; realizou um desfile no ambiente virtual, sem modelos: os convidados utilizaram óculos de realidade virtual para assistir as peças de roupa desfilarem, um formato inédito no país; lançou uma coleção desenvolvida totalmente de forma digital, com 10 modelos de peças, entre moletons, calças, camisas e bermudas, inspiradas no PlayStation5, com o objetivo de atrair o público gamer.
No metaverso, além da simulação de loja dentro do game Fortnite, ela também vem realizando alguns treinamentos com funcionários no ambiente virtual; além de ter lançado seu corporate venture capital, o RX Ventures, para investir em startups e de ter adquirido a startup de logística Uello.
Em entrevista recente ao portal Draft, o diretor-presidente da Renner, Fabio Adegas Faccio, ainda explicou como a marca vem utilizando as redes sociais para aumentar as vendas e os relacionamentos com os clientes.
“Fomos a primeira varejista de moda no Brasil a ter uma live shopping – isso é comum na Ásia, na Europa [também conhecidos como live commerce, são eventos ao vivo de vendas nas redes sociais, com base no relacionamento]. E hoje já fazemos em frequência quase semanal, às vezes até mais de uma por semana, e com conteúdos que são de interesse dos nossos clientes”, explicou ele em um trecho.
Fabio ainda falou sobre os constantes investimentos em inovação, tecnologia e sustentabilidade. Afinal de contas, uma marca que se preocupa tanto em estar na vanguarda das novas tecnologias, não poderia abrir mão de pilares tão importantes, especialmente para os “novos” consumidores, não é mesmo?
O diretor disse, em outro trecho da entrevista: “Quem sabe no futuro, a gente possa ter peças digitais no metaverso? Já tem marcas vendendo NFTs”.